Nus Se Terra - Nus Se Komunidadi - Nus Se Adranse - Nossa Herança

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POEMA DE FERNANDO PESSOA

PASSOS DA CRUZ -XI
FILU DI SKADA NE CRUZ - XI
STEPS OF THE CROSS - XI



"Não sou eu quem descrevo. Eu sou a tela
Nang falah yo keng. Yo ungwa tela

E oculta mão colora alguém em mim.
Keng se klor di mang skundidu ne yo

Pus a alma no nexo de perdê-la
Yo se alma kum yo te pedre

E o meu princípio floresceu sem fim.
Yo masanti se ne mundu ki nadi kabah, nadi teng ponta.


Que importa o tédio que dentro em mim gela,
Keng dibey yo se disgostadu ja fikah friu duru,

E o leve Outono, e as galas, e o marfim,
Kum akeli Otornu lerbi, kum selibra, kum mapim,


E a congruência da alma que se vela
Kum akeli tamanyu di alma ki se kandia

Como os sonhados pálios de cetim?
Chuma akeli kanopi te sunya kum setin

Disperso... E a hora como um leque fecha-se...
Pinchadu... kum chuma tempu abana te Pitchah ...

Minha alma é um arco tendo ao fundo o mar...
Yo se alma mizura ne fundu di mar


O tédio? A mágoa? A vida? O sonho? Deixa-se...
Disgostadu? Dueh korsang,infadu,tristi ? Akeh bida, sonu? Nang dibey...

E, abrindo as asas sobre renovar,
Kum, abrih akeli aza ne nubu,

A erma sombra do vôo começado
Ensong sombra ja komersa abua

Pestaneja no campo abandonado...
Bira olu ne barzing ki ja largah..."


Partilha de Cultura no Bairro Português de Malaca
Poema enviado pela professora Madalena Canas que lecciona em Portugal, na Escola do Paião.
O poema de Fernando Pessoa foi escolhido por um dos alunos e traduzido para Papia Português de Malaca e Inglês, apenas como tradução.

POEMA DI FERNANDO PESSOA

Mestre Madalena Canas di Portugal ja mandar isti poema ne juntadu kum nus se klas di patri Kultura -Arangamintu Korsang Di Melaka ne Padri Se Chang. Tudu palabra ki ja traduzir ne Papia Portuguese Malacca kum Ingles nadi teng bearsu igual.

POEM BY FERNANDO PESSOA

This poem was sent by the teacher Madalena Canas, from Portugal in collaboration with the Sharing of Culture class at the Heart in Malacca Association in the Portuguese Settlement Malacca, Malaysia. The words written in Papia Portuguese Malacca and English is for translation purposes only.

Describe I not. I the screen
The colour of hidden hand on me
I put my soul together to losing it
My first flourish without end.
Who cares that boredom freezes within me
And the mild autumn and celebrations, and ivory,
And the congruence of the ligthen soul
As the canopies dreamed of satin?
Scattered ... and the time like a fan closes …
My soul is taking a bow at the bottom of the sea
Boredom? The hurt? Life? The dream? Let it ...
And, opening the wings on renew
The shadow of parched flight started
Blink in abandoned field ... Blink in abandoned field ...

2 comentários:

  1. É bonito o interesse pela cultura e língua portuguesas e a partilha que nos possibilita.
    O sonho não acaba, não morre. Cresce, materilaliza-se, espalha-se. De um lado ao outro do mundo, atravessando e unindo os oceanos, ligam-se também os Homens, numa grande ponte construída de palavras, de história, de sentimentos, de cultura.
    Un abraço,
    Madalena

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  2. Olá a todos os visitantes do nosso jornal.

    As entre linhas deste poema falam por si.
    Este poema significa muito. Não só pelas palavras mas porque pela primeira vez se traduz um poema de um autor português para a língua local "papia português de Malaca".

    Sinto um orgulho enorme em todas as pessoas que têm colaborado connosco.Dá-me ainda mais força para continuar.

    Este jornal é de todos. Toda a comunidade participa à sua maneira (de acordo com a sua formação e educação). Sem a partilha da cultura nada disto seria possível.

    E hoje é possível.

    Bem haja.

    Um obrigado a todos, directamente do Bairro Português de Malaca.

    Cátia Bárbara
    Coordenadora do Projecto

    Hello to all visitors of our newspaper.

    The lines of this poem "spoke for themselves".
    This poem means a lot. Not only by words but because is the first poem translated from an Portuguese author to the local language.

    I feel pride in all the people who have collaborated with us. Give me more strength to continue.

    This journal belongs to everyone. The whole community participates in its own way (in accordance with their training and education). Without the sharing the culture none of this would be possible.

    And today it is possible.

    Thank' s a lot.

    Long live Malacca. Long live Portugal.

    Bárbara

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